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MAIS SOBRE O PROJETO

O Brasil é um país de dimensões continentais com uma heterogeneidade social e econômica gritantes. Dados do Ipea (2019), mostram que os 10% mais ricos da população brasileira respondem por 51,5% da renda total do país, uma das mais altas do mundo. Essa porcentagem é maior do que a encontrada em países, como Estados Unidos (45%), Alemanha (44%) e Grã-Bretanha (41%).
Em um país desigual e com pouca renda per capita, torna-se vital saber administrar os escassos recursos financeiros. Estudo da S&P Global Financial Literacy Survey (2018), que mede o índice de analfabetismo financeiro, aponta que, no Brasil, só 35% das pessoas entrevistadas acertaram as respostas das questões relacionadas a pelo menos três dos quatro conceitos analisados: diversificação de risco, inflação, habilidade numérica e juros compostos. No mundo esse indicador é de 33% e nas economias desenvolvidas chega a 55%. Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, ANBIMA (2017), somente 10% dos brasileiros entrevistados, fazem da poupança um ato de compromisso permanente por mês, do restante, 40% poupa quando sobra dinheiro e 50% não guarda dinheiro em nenhuma circunstância. Esses dados convergem com os apresentados pelo Banco Mundial (2014) onde se aponta que os poupadores representam 28% da população brasileira.
Além do brasileiro ter renda baixa, observam-se grandes dificuldades para lidar com as suas finanças pessoais de forma eficiente. A maior parte da população entrevistada que desconhece conceitos básicos de finanças pessoais, não sabe lidar com seus recursos escassos e vive endividada.
Paralelamente a essa problemática, os recentes resultados preliminares dos indicadores de renda e de emprego mostram que o ano de 2020 será de recessão econômica, principalmente causado pelos efeitos da pandemia do Covid-19. Milhões de pessoas têm perdido seus empregos por falta de produção e de atividade comercial. A crise do Covid-19 acelera exponencialmente as mudanças que as economia já estava sofrendo. Esta problemática acima descrita também recai na comunidade curitibana. Há necessidades urgentes para superação desse quadro, começando pela boa administração dos recursos pessoais.
Nesse cenário, o presente projeto de extensão se justifica por proporcionar à população, conhecimentos elementares de educação financeira, assim como de orientação educacional em finanças pessoais. Para instituições de ensino superior, é de vital importância promover o envolvimento dos seus discentes com esse tipo de prática extensionista de serviço público de mão dupla. Este tipo de projeto, além de reforçar o objeto da extensão universitária que é o de fortalecer vínculos com a sociedade, contribui, sobremaneira, com o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão disposto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (Lei 9.394/96). Ademais, essa atividade de extensão vai além de uma ação assistencialista pois pretende produzir conhecimento acadêmico e científico de alto nível em favor dos cidadãos e dos alunos.
São objetivos do projeto prestar orientação educacional em finanças pessoais, além de disseminar conhecimentos de educação financeira à população, usando a estrutura da IES: discentes dos cursos e infraestrutura necessária para atingir esses objetivos.
O projeto foca na formação dos discentes, na relevância e abrangência social das ações desenvolvidas, na produção do conhecimento que integra estudantes e professores em processo de interação dialógica entre a instituição e a sociedade. Soma-se a esta proposta, desenvolver ações extensionistas sistematizadas constituídas de um arsenal teórico, conceitual e avaliativo que venham a fortalecer a institucionalização da extensão no âmbito da instituição e de seu entorno.
Finalmente, é objetivo também proporcionar aos alunos a possibilidade de conexão entre a teoria e a prática ensejando sua formação técnica e cidadã.

Sobre o Projeto de Extensão: Sobre
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